sábado, 18 de dezembro de 2010

Crítica: Tron

Lançado em 1982, o filme Tron - Uma Odisseia Eletrônica não foi exatamente um estouro de bilheteria - parte da crítica, inclusive, recebeu o trabalho com hostilidade. Mas poucos filmes foram tão influentes como ele. Tron foi um dos primeiros mergulhos de Hollywood no ciberespaço, mostrando que o videogame se tornaria uma das mais importantes mídias do futuro. O filme acenou que os efeitos digitais seriam indispensáveis ao cinema de entretenimento. Tendo achado um novo (e imenso) público ao longo dos anos por meio de reprises na TV e em cópias de VHS, gerou, por muito tempo, a expectativa de um remake ou uma sequência. E valeu a espera: em Tron - O Legado, o diretor Joseph Kosinski contou com efeitos especiais de ponta para seguir em frente de forma engenhosa com a história que marcou muita gente nos anos 80.

Sam (Garrett Hedlund), filho de Kevin Flynn (Jeff Bridges), cresce revoltado com o misterioso sumiço de seu pai, um genial e excêntrico magnata dos videogames. Depois de ser alertado de uma mensagem misteriosa por Alan Bradley (Bruce Boxleitner), amigo de seu pai, Sam vai parar em um universo paralelo chamado A Grade. O local fica dentro de um computador e foi lá onde seu pai ficou preso tempos atrás. É um mundo habitado por programas de computador com formato humanoide, onde tudo é resolvido como nos tempos dos gladiadores da Roma Antiga, mas como se fosse em um videogame.

O líder deste mundo digital é Clu, um clone jovial de Kevin Flynn. Depois de ser capturado e sobreviver a jogos brutais, Sam, com a ajuda de um programa humanoide chamado Quorra (Olivia Wilde), acaba encontrando seu velho pai, que se tornou uma espécie de guru zen isolado do cruel mundo de Clu. O problema é que Clu criou um poderoso exército e pretende invadir a Terra, aproveitando a brecha no portal causada pela inesperada aparição de Sam. Assim, cabe a Sam, seu pai e Quorra acabar com os planos de Clu.

Muitas coisas impressionam em Tron - O Legado. Em primeiro lugar, é bizarro ver o "jovem" Jeff Bridges contracenar com ele mesmo como é agora, obviamente bem mais velho. Estas cenas até ficam parecendo um filme dos anos 80, mas com a tecnologia dos anos 2000. Bridges foi rejuvenescido digitalmente e isso certamente vai abrir precedentes em Hollywood. Além disso, aqui, o 3D não é mero enfeite. Como o filme se passa em um ambiente de videogame, os efeitos de profundidade e aproximação permitidos pelo 3D ajudam a avançar a história. Sem contar a excelente trilha da dupla francesa Daft Punk, que consegue passar um clima que é ao mesmo tempo retrô e futurista. A dupla até aparece no filme, numa festa extravagante de Zuse (Michael Sheen), aliado de Clu. Obviamente quem é fã do filme original não deve perder.


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