sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Crítica: O Vencedor


Depois de passar mais de quatro anos trabalhando incansavelmente para fazer  "O Vencedor" e mais de quatro anos treinando boxe para interpretar o papel-título, Mark Wahlberg mudou seus hábitos.


"Meu novo regime consiste em uma garrafa de vinho e muita comida", brinca o ator. "Estou curtindo, mas minha mulher falou: 'Uau, você está começando a ficar feio'."

"O Vencedor" estreia nas principais cidades dos EUA nesta sexta (10), com perspectivas positivas que incluem críticas sólidas e palpites  sobre possíveis Oscars.






Walhlberg era um adolescente problemático que foi para a cadeia, mas deu uma virada em sua vida, primeiro como artista, depois como rapper, com o grupo Marky Mark and the Funky Bunch e, em seguida, como modelo da Calvin Klein, causando inveja a homens e mulheres com sua barriga "tanquinho".

Ele entrou para as fileiras dos atores de Hollywood nos anos 1990 com filmes como "Boogie Nights - Prazer Sem Limites" e "Mar em Fúria", passando depois a produzir sucessos como "Entourage", da HBO, que espelha seus próprios anos iniciais em Hollywood.

"O Vencedor" é um filme que Wahlberg lutou para fazer, entre outras razões porque trata do boxeador "Irish" Micky Ward, com quem Wahlberg tinha muito em comum.

"Há inúmeras semelhanças entre a vida e trajetória de Micky e a minha", disse Wahlberg à Reuters.
Os dois cresceram na região de Boston, em famílias com nove filhos. Ambos foram garotos briguentos. Ward é seis vezes mais velho que Wahlberg, que acompanhava sua carreira.

"O Vencedor" acompanha os altos de baixos da vida de Ward, que acabou virando campeão dos pesos meio-médios. Suas três lutas com Arturo Gatti são consideradas legendárias.

Mas o que está emocionando o público não são tanto as lutas, e sim a história dos dois irmãos, Ward e seu irmão mais velho Dickie Eklund, que foi um pugilista forte em sua época, além de filho favorito da família, antes de viciar-se em crack.

Micky Ward (Wahlberg) tem que superar não apenas os obstáculos do ringue, mas a presença poderosa de Dickie (Christian Bale) e de sua mãe dominadora (Melissa Leo).

Mas ele nunca desiste. Ele reforça sua autoconfiança com a ajuda do amor de sua namorada (Amy Adams) e finalmente consegue se afirmar - fora do ringue. Quando isso acontece, sua carreira deslancha.

Analistas do Oscar em Hollywood acham que Bale será candidato forte a uma indicação ao Oscar de ator coadjuvante. Wahlberg, Leo, Adams e o próprio filme estão bem cotados na disputa pelas indicações aos prêmios de Hollywood.


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