Tom Cruise ("Missão: Impossível") e Cameron Diaz ("Uma Prova de Amor") formam o par supostamente romântico da comédia de ação "Encontro Explosivo", que os dois astros vieram lançar no Brasil no começo de julho. Mas nem a comédia, nem o romance, nem a ação dão tão certo assim neste novo filme do veterano James Mangold, diretor de "Johnny e June" (2005).
A culpa é especialmente de um roteiro preguiçoso, escrito pelo novato e ex-ator bissexto Patrick O'Neill.
Cruise interpreta Roy Miller, um agente secreto que está sendo perseguido tanto pelos colegas do governo - como Fitzgerald (Peter Sarsgaard, de "Educação") - quanto por bandidões de todos os calibres - o mais engraçado deles o chefão espanhol Antonio (Jordi Mollà).Tudo isso porque Miller guarda um poderoso dispositivo com incrível poder de destruição, inventado por um jovem nerd, Simon Feck (Paul Dano, de "Sangue Negro"), que está escondido em algum lugar.
June Havens (Cameron Diaz), é apenas uma pacata cidadã com habilidades mecânicas e uma queda por carros antigos. Tudo que ela quer é tomar um avião no aeroporto de Wichita e voltar para casa a tempo de participar do casamento da irmã (Maggie Grace). Mas lá mesmo ela topa com Miller. Apesar dos esforços de Fitzgerald e sua turma, que estão na cola de Miller, June entra no mesmo avião que ele e não sai mais da história.
No avião mesmo começa a confusão, porque ele está lotado de passageiros armados, que querem capturar o agente secreto. Entusiasmada pelo charme de Miller, June nada percebe. E, de quebra, acaba ficando caída por ele. Azar o seu, porque entra sem saber numa complicada trama de espionagem internacional. Por isso, é arrastada por Miller, que passa boa parte do tempo sedando a moça e levando-a consigo em suas escapadas ao redor do mundo - Espanha, Jamaica, Áustria, etc.
Mesmo contando com dois atores carismáticos e, especialmente no caso de Cameron, talento cômico, o filme nunca sai de um cardápio de perseguições em carros e motos, tiroteios e explosões, que deram muito trabalho ao enorme time de dublês e à imensa equipe de efeitos especiais. Tanto esforço para um resultado não mais do que morno.
Até algumas sequências de ação não foram assim tão bem-feitas - o uso dos efeitos visuais é preguiçoso também em várias delas.
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