Antes de entrar nas opiniões do autor sobre o texto, vale lembrar que a versão que ele analisou não é final e roteiros em Hollywood costumam passar por diversas mãos antes da versão que será rodada. Assim, não há como saber se esta é a versão que chegará às telas. Enfim, o conteúdo abaixo pode ser algo totalmente distante do momento atual do filme - ou exatamente o que veremos no cinema. Sabe-se apenas que esta é a versão do texto escrita por Joshua Zetumer e Nick Schenk (Gran Torino). James Vanderbilt (Zodíaco, O Vingador do Futuro) atualmente trabalha no roteiro.
McWeeny, em uma longa série de tweets, explica que achou o texto terrível desde o início - e que, para ele, o filme original é "quase perfeito". O que mais o irritou foi o tratamento dado à armadura do policial do futuro, que é atualizada várias vezes ao longo do filme. Como aconteceria em qualquer caso no mundo de hoje, o visual do ciborgue é submetido a "testes de público", no que parece uma sátira da própria indústria do cinema hoje.
O RoboCop 1.0, uma versão atualizada do visual original, pareceria com "um brinquedo da década de 1980". O teste de público aceita então a versão 2.0, que é mais "ameaçadora". Sua construção é realizada na China e ele é programado para "incapacitar", sempre. "Vamos mantê-lo com censura 13 anos", diz o cientista (mais uma vez a sátira à indústria). Outra das versões, a 4.0, parece um robô policial azul-metálico que tem dois modos: social e de combate.
O autor revela também o uso que é dado aos robôs ED-209 no filme: eles aparecem no deserto, no Iraque, enfrentando homens-bomba. O uso de frases de efeito - satirizando a campanha de marketing do filme original e a onda dos remakes - também é apontado como algo negativo.
Com o início das filmagens prestes a acontecer, ainda há tempo de eliminar algumas das piores ideias - e deixar outras na sala de edição. Mas, apesar do ataque fulminante de McWeeny ao texto, parece que ele não gostou exatamente de alguns dos temas mais importantes de RoboCop. A ficção científica deve ser um reflexo de seu tempo - e se no nosso impera a onda dos remakes, a relação entre a China e Hollywood nunca foi tão forte e o público dita o que quer ou não ver nos cinemas, sem espaço para ser surpreendido ou para a criatividade, parece que o novo RoboCop tem as ideias certas.
Na trama, Joel Kinnaman será Alex Murphy, o RoboCop, e Abbie Cornish (Sucker Punch) sua esposa. No elenco também estão Gary Oldman (como o cientista que cria a máquina), Samuel L. Jackson (um carismático megaempresário de televisão), Hugh Laurie (o presidente da OCP), Jay Baruchel (diretor de marketing da OCP), Jackie Earle Haley (Maddox, o homem que dá um treinamento militar a RoboCop), Michael Kenneth Williams (o policial parceiro de Alex), e Jennifer Ehle (Liz Kline).
A MGM produz e a Sony Pictures distribuirá o novo RoboCop em 9 de agosto de 2013.
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