sábado, 14 de agosto de 2010

Crítica: O Aprendiz de Feiticeiro

Se você está naqueles dias que seu nível de exigência com o cinema está próximo do zero, então existe um filme perfeito (na verdade, um batalhão, já que o cinema tem exigido cada vez menos do espectador): O Aprendiz de Feiticeiro nasceu como aquele produto que termina sendo exibido anos a fio na Sessão da Tarde e outras programações televisivas do gênero.

No papel principal, temos Nicolas Cage protagonizando uma história fantástica, interpretando novamente um herói destemido, repleto de dons e que atravessou eras para defender o Bem – assim como fora em O Vidente, Caça às Bruxas e A Lenda do Tesouro Perdido. Não à toa, a maioria dos projetos tem como produtor Jerry Bruckheimer, geralmente sob as asas da Disney.

No caso de O Aprendiz de Feiticeiro, repetem-se todos os clichês do gênero aventura e fantasia: uma longa e irritante explicação logo no começo, um herói de caráter íntegro (Cage), um vilão de maldade singular (Alfred Molina) e um novato aprendiz que reluta em tornar-se feiticeiro, pois quer apenas viver uma vida comum. Ah, tem também a cota da mocinha, que neste filme está com Monica Bellucci e Teresa Palmer.

Nos primeiros cinco minutos – e não estou exagerando –, já está traçado o futuro de todos os personagens, além de também ter ficado claro como o filme vai terminar. Qual é a graça de assistir a uma aventura da qual já sabemos os desfechos?

Em se tratando de O Aprendiz de Feiticeiro, o atrativo está apenas em dois detalhes: os efeitos visuais, dignos para um filme de fantasia, e no personagem de Dave, vivido por Jay Baruchel (Ela é Demais Pra Mim). O garoto é o protótipo do nerd genial com cálculos, mas desajeitado para o amor. Suas tiradas cômicas dão sobrevida ao filme.

A direção de Jon Turteltaub (A Lenda do Tesouro Perdido – Livro dos Segredos) e o roteiro escrito por Matt Lopez, Doug Miro e Carlo Bernard competem no quesito preguiça. Na produção, impera a lei do mínimo esforço para tentar manter o interesse do espectador.

O Aprendiz de Feiticeiro praticamente não exige nada de quem o assiste. Dá para comer pipoca, twittar, mandar SMS, conversar e perpetuar esses malditos hábitos cada vez mais comuns nas salas de cinema. Por ventura, voltar a atenção para a tela vez ou outra. Afinal, não há nada tão interessante assim no filme que nos faça sentirmos culpados por não darmos atenção a um filme que não nos pede atenção.


Assista ao Trailler





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1 comentário

Jeh Pagliai disse...

Pelo treiller que vi, pensava que era um bom filme.
Na minha opinião, o que estragou também foi Nicolas Cade... Não acho ele em nada um bom ator...rs

Beijinhos

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www.jehjeh.com

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